terça-feira, 29 de outubro de 2019

Robótica Educacional


Fonte: internet



Olá!!


No post de hoje vamos abordar a robótica educacional, sua implantação no processo de aprendizagem, além das ferramentas necessárias para que possamos trabalhar com ela no ensino superior.

Antes de qualquer comentário acerca do trabalho com a utilização da robótica, é necessário pontuar que a robótica educacional, de acordo com César (2018) refere-se aos processos e propostas envolvidas que utilizam os dispositivos robóticos como tecnologia de mediação para a construção do conhecimento. O autor explica que se o professor utiliza a robótica por meio de softwares livres e materiais reutilizáveis, como sucatas, exprime-se a robótica pedagógica livre. É o caso do nosso colega João Falcão que desenvolve o projeto 'Robótica Sucational' com seus alunos. 

Campos (2019) defende que a robótica é um recurso que possibilita ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia e construção do seu conhecimento "na medida em que articula conhecimentos, habilidades, atitudes e valores , criando espaços não lineares de aprendizagem" (CAMPOS, 2019, p. 119). A robótica permite o diálogo entre diferentes disciplinas, os alunos aprendem fazendo.

Nesse sentido, segundo Campos (2019), no processo de aprendizagem, a robótica educacional deve ser implantada como recurso tecnológico que pondere a articulação do currículo com a autonomia do aluno. E o professor tem papel fundamental nesse processo, é ele que deve mediar a aprendizagem do estudante com o uso da robótica. Deve-se pensar a robótica como tecnologia, pois se espera que o aluno desenvolva uma "fluência tecnológica [...], quanto a visão de que a tecnologia pode ser usada para criar um mundo melhor" (CAMPOS, 2019, p. 137).

César (2018) explica que a transdisciplinaridade e a motivação tornam a robótica interessante para o uso educacional. Para o autor, a robótica oportuniza situações de aprendizagem pela resolução de problemas, mais simples ou mais complexos, "vale lembrar que um mesmo projeto pode envolver diferentes graus de complexidade e atender a propostas pedagógicas para o ensino infantil, fundamental, médio ou superior" (CÉSAR, 2018, p. 565). As mesmas ferramentas que são utilizadas na educação básica, podem ser utilizadas na educação superior o que diferencia é apenas o nível de complexidade do projeto de robótica.

Utilizando a robótica os alunos aprendem fazendo. Essa é uma atividade maker, normalmente tais atividades estão associadas a construção de objetos com o uso da tecnologia (RAABE e GOMES, 2018, p.7). De acordo com os autores, o maker possibilita que os estudantes se tornem produtores de tecnologia e não apenas consumidores. 

Para que a cultura maker seja implementada no processo de formação, o currículo deve ser flexibilizado. É o que expõe Raabe e Gomes (2018), segundo eles, a proposta maker se fundamenta no construcionismo, isto é, as instruções são restritas, as atividades devem ser decididas pelos estudantes (modelos, projetos) e o professor deve atuar como mediador, facilitador do processo. Deve-se ainda "fazer as conexões entre os conhecimentos escolares e científicos com as práticas que estão sendo realizadas pelos estudantes" (RAABE e GOMES, 2018, p.16).


Referências bibliográficas:


CAMPOS, Flávio Rodrigues. A Robótica para uso Educacional. São Paulo: SENAC, 2019. pg. 80 a 147.

CÉSAR, Danilo Rodrigues. Robótica Pedagógica (I). In. MILL, Daniel (org.). Dicionário crítico de educação e tecnologias e de educação à distância. Campinas: Papirus, 2018.

RAABE, André; GOMES, Eduardo Borges. Maker: uma nova abordagem para tecnologia na educação. 2018. Disponível em: https://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2018/09/Art1-vol.26-EdicaoTematicaVIII-Setembro2018.pdf




2 comentários:

  1. Olá Isis! Muito obrigado pela menção ao nosso trabalho!
    Parabéns pela conexão da robótica com a cultura maker. O protagonismo dos estudantes fica evidente nas atividades com a robótica e com as atividades mão na massa. E sobre protagonismo, Fino (2008) diz que “O professor provoca o máximo de aprendizagem com um mínimo de ensino pressupõe a criação de contextos ricos em nutrientes cognitivos”, assim desenvolve a autonomia do aluno em aprender de diversas formas.

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  2. Oi João!!! Obrigada pelo comentário. Mediante tal temática, tinha a obrigação de citar você, pois o trabalho que desenvolve é maravilhoso. Parabéns!!

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