quarta-feira, 16 de outubro de 2019

O que são metodologias ativas?


Fonte: internet
Inicio este post agradecendo a nossa colega Viviane por nos disponibilizar o site e textos de José Moran que abordam as metodologias ativas. Grande parte dos cursos voltados à área de educação, acenam para as possibilidades das metodologias ativas. Mas, o que são as tais das metodologias ativas?

Moran (2017) explica que as metodologias guiam os processos de ensino e aprendizagem. No cotidiano da sala de aula elas se efetivam por meio de estratégias e técnicas específicas. Nesse viés, o autor explica que nas chamadas metodologias ativas, as estratégias são desenvolvidas voltadas para a participação efetiva do aluno, o objetivo é que o estudante seja ativo em seu processo de construção do conhecimento. “As metodologias ativas num mundo conectado e digital se expressam através de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações” (MORAN, 2017, p. 24)

E por falar em modelos de ensino híbrido como metodologia ativa – não irei citar, pelo menos nesse post, quais os modelos de ensino híbrido propostos por Horn e Staker (2015) – potencializo a discussão trazendo o professor e a mudança de seu papel, enquanto educador, no ensino híbrido e, consequentemente, na prática de metodologias ativas em sua sala de aula.  Lima e Moura (2015) ressaltam que a presença das tecnologias , pensando o híbrido como a mescla entre presencial e online, não diminui a importância do professor, apenas modifica seu papel, pois agora ele (o docente) precisa “mostrar ao aluno que existem diferentes formas de construir o saber. [...] cabe ao professor ensinar ao aluno como utilizar a tecnologia de forma crítica e produtiva” (LIMA e MOURA, 2015, p.91).

Filatro e Cavalcanti (2018) corroboram com Moran quando defendem que nas metodologias ativas os alunos exercem papel ativo na sua aprendizagem, deixando de ser meros receptores de informações e passando a construir seu conhecimento, todavia as autoras vão além e trabalham também com as metodologias ágeis, imersivas e analíticas.

As metodologias ativas focam os papeis desempenhados no processo e as atividades realizadas por eles. As metodologias ágeis focam o elemento “tempo”, que envolve tanto a duração pontual das atividades de aprendizagem propostas quanto seu desdobramento em uma linha do tempo. As metodologias imersivas se apoiam intensamente nas mídias e tecnologias. E as metodologias analíticas se ocupam mais da avaliação. (FILATRO e CAVALCANTI, 2018, p.5).


Voltando às metodologias ativas, como elas podem ser desenvolvidas em sala de aula?

Filatro e Cavalcanti (2018) destacam algumas abordagens, dentre elas a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP ou PBL – sigla em inglês),  Aprendizagem Baseada em Projetos, Movimento Maker, Instrução por Pares, Alunos como Designers e Design Thinking.

Moran (2018) acrescenta ainda os jogos, a sala de aula invertida (Flipped Classroom) e destaca que dentre as estratégias ativas que podem ser utilizadas em sala de aula estão: a discussão de temas e tópicos de interesse para a formação profissional, trabalho em equipe com tarefas que exigem colaboração de todos, estudo de casos relacionados com áreas de formação profissional específica, debates sobre temas da atualidade, geração de ideias (brainstorming) e mapas conceituais, dentre outros.

Neste post, não iremos expor cada uma dessas abordagens, posto que o nosso objetivo foi trazer a definição de metodologias ativas.

Em um próximo post, quem sabe....

Referências bibliográficas:

LIMA, Leandro Holanda Fernandes de; MOURA, Flávia Ribeiro de. O professor no ensino híbrido. In: Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

MORAN, José.  Metodologias ativas e modelos híbridos na educação. In: S. YAEGASHI e outros (Orgs). Novas Tecnologias Digitais: Reflexões sobre mediação, aprendizagem e desenvolvimento. Curitiba: CRV, 2017, p.23-35.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian; MORAN, José. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018, p. 2-25.

FILATRO, Andrea. CAVALCANTI, Carolina Costa. Metodologias Inov-Ativas: na educação presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

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