terça-feira, 15 de outubro de 2019

O professor, na cultura digital, deve promover interação ou interatividade?


Fonte: internet


Desafiada pelo professor Fernando Pimentel a me aprofundar na leitura acerca das questões que abordam interação e interatividade, descobri o site do Alex Primo, Doutor em Informática na Educação (UFRGS), que pesquisa interações em redes sociais na internet.

O autor discute a interação como a ação, ou as mediações, que ocorre entre os interagentes. Para ele, é necessário certo equilíbrio entre a valorização da máquina e valorização do emissor ou receptor. “[...] não se quer reduzir a discussão das reações que o computador pode oferecer em um ambiente mediado, mas sim salientar as relações recíprocas que ocorrem entre pessoas mediadas pelo computador” (PRIMO e CASSOL, 1999, P.13).

Primo (2007) pressupõe uma interação por meio da máquina, diferente da interação somente com a máquina. O interagente modifica conteúdos. 

Pimentel (2017) entende que o limite entre os conceitos de interação e interatividade é quase imperceptível, todavia defende que interação deve ser pensada como a "ação recíproca entre dois ou mais atores, quando ocorre intersubjetividade numa relação direta ou indireta, mediatizada por algum veículo de comunicação" (PIMENTEL, 2017, p.43).

Já o termo interatividade é entendido por Pimentel como "a potencialidade técnica oferecida por determinado meio [...] ou ação humana sobre a máquina" (PIMENTEL, 2017, p.43).

Ademais, a questão levantada pelo professor Fernando Pimentel no comentário da última postagem deste blog foi: O professor, na cultura digital, deve promover interação ou interatividade?

Assim, na tentativa de aproximar-me da resposta correta ao questionamento, disponibilizo alguns slides que foram utilizados em uma apresentação para a disciplina ‘Interação na docência em EAD” da professora Cleide Jane, que destacam que o professor deve estar atento as interações em sua sala de aula, para assim promover a interatividade. Ele deve ser problematizador, questionador, provocador de situações, com o objetivo de permitir a co-construção do conhecimento.

É preciso adaptar-se a esse novo espectador, que segundo Coll e Monereo (2010), aprende a não aceitar passivamente o que é transmitido.


Referências bibliográficas:

COLL, César. MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e educação. Porto Alegre: Artmed, 2010. Cap. 1. p. 15-45. Tradução: Naila Freitas.

PIMENTEL, F. A Aprendizagem das crianças na Cultura Digital. 2ª ed. rev e ampl. Maceió: Edufal, 2017.

PRIMO, Alex. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto Alegre: Sulina, 2007.

PRIMO, Alex e CASSOL, Márcio. Explorando o conceito de interatividade: definições e taxonomias. 1999.

SILVA, Marco, PESCE, Lucila. ZUIN, Antônio (orgs.). Educação online: cenário, formação e questões didático metodológicos.Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010.

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