Fonte: internet
Mas afinal, o que é interação?
- Influência mútua de órgãos ou organismos inter-relacionados;
- Ação recíproca de dois ou mais corpos;
- Atividade ou trabalho compartilhado em que existem trocas e influências recíprocas;
- Comunicação entre pessoas que convivem;
- Contato humano por meio de tecnologia;
- Diálogo.
A interação comporta pelo menos três interpretações:
- Genérica: a natureza é feita de interações físico-químicas ou, nenhuma ação humana existe separada da interação;
- Mecanicista: linear, sistêmica;
- Motivações e predisposições: dialética, interacionista;
Silva (2014) esclarece que o termo interatividade especifica um tipo singular de interações, visto que o termo interação se tornou vasto “a ponto de não mais suportar uma especificidade” (SILVA, 2014, p.114).
“[...] Por outro lado, mesmo comprovada a hipótese de Multigner (interação transmuta-se em interatividade no campo da informática), os defensores do termo ‘interação’ não estariam ameaçados em sua convicção. Afinal, a interação comporta todas as vantagens concedidas à interatividade, o que remete apenas a uma questão semântica” (SILVA, 2014, p.121).
Aprofundando um pouco mais a questão da interatividade, Silva (2014) trata dos fundamentos da interatividade:
- Participação-intervenção: participar é interferir em sua mensagem, é construir coletivamente a comunicação e a aprendizagem.
- Bidirecionalidade–Hibridação: a comunicação é produção conjunta entre professor e aluno. Diante dos conteúdos de aprendizagem, os dois polos codificam e decodificam, colaboram e cocriam.
- Permutabilidade-Potencialidade: o professor oferece informações em redes de conexões, permitindo ao aprendiz ampla liberdade para permutar, virtualizar, simular, associar e significar.
Para o autor, a interatividade se constitui na medida em que se alicerça um novo contexto tecnológico, fato que ocorre simultaneamente a transformações sociais, quando os indivíduos deixam de ser apenas receptores para serem também produtores, “uma crescente autonomia de busca onde cada indivíduo faz por si mesmo, num ambiente polifônico, polissêmico” (SILVA, 2014, p.12).
Há muito mais para falar sobre interação e interatividade. Para não ficar cansativo, deixo aqui, um vídeo do professor Marco Silva, nossa referência para este post, sobre interatividade na educação.
Até a próxima!!
Referências bibliográficas:
MILL, Daniel (org.). Dicionário crítico de educação e tecnologias e de educação à distância. Campinas: Papirus, 2018.
SILVA, Marco. Cibercultura e educação: a comunicação na sala de aula presencial e online. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, núm. 37, dezembro, 2008, pp. 69-74.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. 7ed. São Paulo: Loyola, 2014.
Referências bibliográficas:
MILL, Daniel (org.). Dicionário crítico de educação e tecnologias e de educação à distância. Campinas: Papirus, 2018.
SILVA, Marco. Cibercultura e educação: a comunicação na sala de aula presencial e online. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, núm. 37, dezembro, 2008, pp. 69-74.
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. 7ed. São Paulo: Loyola, 2014.
Olá Isis!
ResponderExcluirBom ler seu texto, discutindo uma temática tão significativa.
Convido a leitura de Alex Primo, quando fala de interação e interatividade. Ele consegue deixar mais claro a diferença, inclusive contrapondo-se a Marcos Silva.
Fica a questão: o professor, na cultura digital, deve promover interação ou interatividade?