terça-feira, 5 de novembro de 2019

Realidade Aumentada e Realidade Virtual

Você sabe o que é RA e RV?

Neste post vamos tentar esclarecer esses conceitos. Mas, para tratar acerca de Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA), torna-se necessário explicar a base para a discussão da temática: o conceito de virtual.

Levy (2003) explica que muitas vezes atrelamos o virtual ao real. Para muitos real é antônimo de virtual, todavia o autor defende que o virtual não se opõe ao real, mas ao atual. Nesse sentido, Levy exemplifica que a árvore está presente virtualmente na semente. “[...] virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes” (LEVY, 2003, p.15).

Tori e Hounsell (2018) concordam com Levy (2003) e expõem que o virtual existe em potencial. Os autores consideram que “virtual se refere a ambientes ou elementos que são sintetizados por meio de dispositivos digitais e que podem ser replicados de forma imaterial” (TORI e HOUNSELL,2018, p.14)

O texto de Tori e Hounsell (2018), apesar de ser de fácil compreensão é, ao mesmo tempo complexo quanto as definições do que eles consideram realidade virtual, todavia os autores citam Jerald (2015) “Realidade Virtual é definida como um ambiente digital gerado computacionalmente que pode ser experienciado de forma interativa como se fosse real.”

Ao ler tal conceito me veio a memória o longa ‘De Pernas pro Ar 3’, estrelado por Ingrid Guimarães, quando em umas das cenas ela visualiza, por meio de um óculos de realidade virtual, que está em um momento de romance com o ator Cauã Reymond.



Em contrapartida, realidade aumentada não ‘transporta’ o sujeito para um outro ambiente, como vemos no filme, ela conduz aspectos virtuais ao espaço considerado real, físico. A ideia é que elementos virtuais possam estar no mundo real de maneira natural, como se fizesse parte dele e, de fato, fazem.

Mais uma vez, voltei meus pensamentos para minha realidade e lembrei de livros de história infantil do SAS – plataforma de educação. O aplicativo do SAS lê o QR Code das páginas e as crianças podem interagir com os personagens do livro.



Mediante a interação com os personagens a aprendizagem alcança maior potencial, é o que defendem Tori, Kirner e Siscoutto (2016). Para eles, a RA e RV proporcionam novos modos de relacionamento entre alunos e professores , alunos e alunos e ainda alunos e conteúdos, propiciados pela mistura do real com o virtual. Por meio da interação, os estudantes potencializam sua aprendizagem. Assim, apesar de ainda ser considerada uma tecnologia cara e, de acordo com os autores, ainda não estar presente nos currículos escolares, a RA e RV têm ampla possibilidade de serem adotadas formalmente. “ [...] a medida que a tecnologia evolui e os educadores aprendem mais sobre como as pessoas aprendem através da interação com os ambientes virtuais” (Tori, Kirner e Siscoutto, 2016, p. 312), a RA e a RV serão vistas com mais frequência nas escolas.


Referências bibliográficas:

JERALD, Jason. The VR book: human-centered design for virtual reality. Morgan & Claypool, 2015.

LÉVY, Pierre. Que é o Virtual?, O. Editora 34, 2003.

TORI, Romero; HOUNSELL, Marcelo da Silva. Introdução a realidade virtual e aumentada / Romero Tori, Marcelo da Silva Hounsell, organizadores. Porto Alegre (RS) : SBC, 2018. Disponível em: http://www.de.ufpb.br/~labteve/publi/2018_livroRVA.pdf. Acesso em: 05 de nov. de 2019

TORI, Romero; KIRNER, Claudio; SISCOUTTO, Robson. Fundamentos e Tecnologia de Realidade Virtual e Aumentada. Romero Tori, Claudio Kirner , Robson Siscoutto editores – Belém – PA, Editora SBC, Sociedade Brasileira de Computação, Porto Alegre. 2016. Disponível em: http://www.ckirner.com/download/capitulos/Fundamentos_e_Tecnologia_de_Realidade_Virtual_e_Aumentada-v22-11-06.pdf. Acesso em: 05 de nov. de 2019


Um comentário:

  1. Olá profa. Isis! Que habilidades e competência percebe que está desenvolvendo com a nossa disciplina? O que aprendeu com o último PBL?

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